O tempo Pascal é o tempo mais importante para nós, católicos. Isto porque o maior acontecimento da História da humanidade é a Encarnação, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. Nada neste mundo supera a grandiosidade deste acontecimento. 

Cristo veio a este mundo para nos salvar, para morrer por nós. Deus humanado morreu por nós. O que poderia ser maior do que esta prova do Seu amor?

A Semana Santa celebra todos os anos este acontecimento inefável: a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo para a salvação da humanidade, para a liberdade dos filhos de Deus.

O cristão que entendeu e experimenta o verdadeiro significado da Morte e Ressureição de Jesus Cristo celebra a Semana Santa com grande alegria e se abre para receber as muitas graças do Senhor.

Toda a Quaresma nos prepara para bem celebrar a Semana Santa. Ela se inicia com a celebração da Entrada de Jesus em Jerusalém, o Domingo de Ramos. O povo simples e fervoroso aclama Jesus como Salvador. O povo grita “Hosana!”, “Salva-nos!”; Ele é Redentor do homem. Nós também precisamos proclamar que Ele, e só Ele, é o nosso Salvador (cf. At 4,12).

Missa dos Santos Óleos

Na Missa dos Santos Óleos a Igreja celebra a Instituição do Sacramento da Ordem e a bênção dos santos óleos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos.

Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal é uma síntese dos principais eventos que marcam a fé cristã: Paixão, Morte e Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.

Quinta-feira Santa

Ceia do Senhor

É no entardecer da quinta-feira que se inicia o Tríduo. Somos convidados a viver as últimas hora do nosso Salvador entre nós.

Neste dia recordamos a Ceia do Senhor: O lava-pés como o mandamento de amarmos uns aos outros como Ele nos amou, o anúncio da negação de Pedro e da traição de Judas, a instituição da Eucaristia e, a do sacerdócio, com o mandamento feito aos apóstolos: “fazei isto em memória de mim”.

Na Eucaristia temos o resumo de tudo o que será vivido em seguida. É memória da oferta de Jesus na Cruz. A comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo é comunhão com o Cristo vivo e ressuscitado. Somo então, neste dia, introduzimos no Mistério Pascal.

Adoração/ Vigília

Ao final da Ceia, Jesus se dirige ao Monte das Oliveiras- local onde será entregue à Paixão de Cruz. Por isso, a comunidade se reúne por algum momento, em adoração.

Ademais, Jesus nos ensina que quando o Mal se aproxima de nós e a noite se faz densa, devemos recorrer com insistência à oração: “Orai para não entrardes em tentação” Lc 22,40b. Ensina-nos que não podemos nos deixar levar pelo sono ou pelo comodismo, é preciso permanecermos unidos a Ele.

Sexta-feira Santa

A sexta-feira Santa é o dia mais doloroso e sangrento da Paixão de Cristo, dia também em que se dá o seu ponto mais alto: a morte na Cruz. A morte que não significa derrota, mas o contrário, a vitória de Cristo, a salvação que alcança todos os homens e toda a criação.

Este dia é marcado pelo silêncio e pela penitência. Não há Missa: o sacramento que atualiza a Cruz cede neste dia espaço para o evento em si.

Às três horas da tarde é celebrada a Paixão e Morte do Senhor. Em seguida, a Procissão do Senhor Morto por cada um de nós. Cristo não está morto, e nem morre outra vez, mas celebrar a sua Morte é participar dos frutos da Redenção.

Sábado Santo

No sábado santo, um grande silêncio reina sobre a Terra. Um grande silêncio e uma grande solidão.

As luzes e as velas ficam apagadas, os altares despojados- sem flores, nem paramentos-, não se utilizam os sinos. As igrejas vazias, escuras e silenciosas. É o único dia do ano em que não se pode receber a Eucaristia.
A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

A Igreja mantém-se de vigília, pois está à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia Eucarística.

Domingo de Páscoa

O domingo de Páscoa é o dia da vitória definitiva de Cristo. Cristo venceu o mundo, vencendo a morte que o assolava, recriando-o segundo os desígnios do Pai.

Sim, Jesus ressuscitou! Venceu o mundo, fora e dentro de nós. Neste dia, podemos experimentar a força da ressurreição, que nos devolve a comunhão com o Pai, a esperança, a vida.

Celebrar a Semana Santa é, portanto, celebrar a vida, a vitória para sempre. É recomeçar uma vida nova, longe do pecado e em comunhão mais profunda com Deus. Diante de um mundo carente de esperança, que desanima da vida porque não conhece a sua beleza, celebrar a Semana Santa é fortalecer a esperança que dá a vida. O Papa Bento XVI disse em sua encíclica “Spe Salvi”, que sem Deus não há esperança; e sem esperança não há vida.

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