O Evangelho é um presente de Deus para cada um de nós. Revigorante e autêntico, a mensagem de Cristo deve ser transmitida a toda criatura — ela salva e significa a existência de todos os seres. 

Por isso, no mundo atual, é comum e até sadio que utilizemos as redes sociais, os meios digitais e as tantas ferramentas modernas para alcançar mais almas para a Verdade de Jesus. É próprio da evangelização essa adequação de espaço, tempo e linguagem: a necessidade de Deus sempre permanecerá. E nós, como comunicadores, precisamos nos atentar a tornar cada vez mais acessível a transmissão do amor de Deus a toda criatura. 

 

Em sua Exortação Apostólica “EVANGELII GAUDIUM”, o Papa Francisco trata sobre o Anúncio do Evangelho Atual e muito nos esclarece sobre esse assunto (vale a pena até uma leitura do documento de maneira mais profunda para quem quiser saber mais sobre o tema). 

 

Precisamos entender, primeiramente, que o Evangelho por si só já é atual. Ao tratar sobre a Verdade absoluta e eterna, afirmamos que ela pode ser aplicada e vivida em qualquer época e realidade. Afinal, Jesus é a resposta aos anseios de todos os homens. Ele é capaz de atravessar nossa história e repertório, conquistando nossos corações e trazendo Vida, e vida de verdade. 

 

Trazer essa permanência de Deus para uma humanidade que vive constantemente um progresso tecnológico e informacional é um desafio! Como retirar as pessoas de suas culturas próprias e subjetivas, tão cheias de suas identidades particulares, para compartilharem um projeto a favor do bem comum e universal? 

 

Com certeza a modernização da linguagem, dos meios de comunicação e da transmissão visual são necessários. Precisamos entrar nos locais onde há falta de Deus. A evangelização que habite os ambientes atuais e ilumine os valores modernos é uma meta a ser conquistada por cada um que se propõe em propagar o nome do Senhor. 

 

Estamos cercados por tendências, modismos e assuntos virais. Do dia pra noite, todas as pessoas ao redor do mundo falam sobre a mesma coisa, pensam sobre o mesmo assunto e consomem os mesmos dados. Muitos perfis e autoridades utilizam desses tópicos para engajar o público, aplicando e adequando essa divulgação excessiva para seus próprios nichos e assuntos. 

 

Mas será que nós podemos usar essas virais na comunicação católica? Será que é errado? Aceitável? Será que vivemos uma encruzilhada: transmitir um evangelho autêntico e fiel aos mandamentos ou alcançar mais pessoas? 

 

Graças a Deus, somos agraciados com a presença revigorante do Espírito Santo que nos auxilia com seus dons, nos fornecendo discernimento para medir nossas palavras, ações e respostas para tudo que fizermos. 

 

Utilizaremos das palavras do grande Padre para esclarecer sobre esse assunto: “Contudo não se deve pensar que o anúncio evangélico tenha de ser transmitido sempre com determinadas fórmulas pré-estabelecidas ou com palavras concretas que exprimam um conteúdo absolutamente invariável. Transmite-se com formas tão diversas que seria impossível descrevê-las ou catalogá-las, e cujo sujeito colectivo é o povo de Deus com seus gestos e sinais inumeráveis.” 

 

Não podemos permanecer filiados a fórmulas tradicionais e pouco aplicáveis. Se necessário é entender nosso irmão, devemos adentrar dentro da cultura vigente, buscando assemelhar e aproximar a Verdade de Cristo à realidade daquele que o desconhece. 

 

Entender como falam, porque falam, o que importa, o que passa e o que é relevante, para trazer aos corações uma verdade impossível de ser ignorada. Que convença. conquiste e converta. 

 

Claro que, não podemos aceitar a secularização. Devemos sempre vigiar para que o Evangelho não caia em palavras mal ditas ou mal explicadas. Devemos evitar ao máximo a relativização da religião, dos mandamentos e da tradição da Igreja. Recomenda-se a utilização de trending topics que não firam a Verdade afirmada pela instituição de Cristo. 

 

Acima de tudo, que o Senhor seja revelado. Os meios para isso podem ser inovadores, mas o Amor deve permanecer. Utilizemos bem o humor, a alegria, a cultura e a tecnologia. Que Deus permaneça!  

 

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