3 orientações de São João Paulo II para comunicadores comprometidos com a verdade do evangelho

Evangelizar através das redes sociais, nos dias de hoje, exige enfrentar diversos desafios, visto que o homem se transformou no homem on-line, o homem do presente, da satisfação imediata, das relações descaracterizadas, da mídia.

Diante desse cenário, como é possível para a Igreja ajudar os homens e mulheres que estão nos mass media e os que deles fazem uso, a comunicar com verdade?

O papa São João Paulo II, através de uma mensagem aos comunicadores, nos orienta:

Cuidado com o poder das palavras e suas consequências

“De uma mesma boca procedem a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim” (Tg 3,10). 

Com essa passagem, podemos entender que as palavras têm um extraordinário poder para unir as pessoas ou dividi-las, para criar vínculos de amizade ou provocar hostilidade. Por isso, é necessário que peçamos ao Espirito Santo sabedoria e discernimento para utiliza-las.

Esta não é uma verdade que diz respeito somente às palavras trocadas entre as pessoas. Aplica-se a toda comunicação, em qualquer lugar e em qualquer nível.

As modernas tecnologias nos oferecem possibilidades nunca vistas antes para fazer o bem, para difundir a verdade de nossa salvação em Jesus Cristo, e para promover a harmonia e a reconciliação. Porém, o seu mau uso pode provocar danos enormes, provocando incompreensão, preconceitos e até conflitos. 

Comunicar com a força do Espírito Santo

“Para os crentes e para as pessoas de boa vontade o grande desafio deste nosso tempo é manter uma comunicação verídica e livre, que contribua para consolidar o progresso integral do mundo.

A ajuda do Espírito Santo se torna ainda mais necessária se considerarmos como podem ser grandes as dificuldades intrínsecas da comunicação devido às ideologias, à sede de lucro e de poder, às rivalidades e aos conflitos entre indivíduos e grupos, assim como devido às fragilidades humanas e aos males sociais.”

São João Paulo II também nos ensina que as modernas tecnologias aumentam de maneira impressionante a velocidade, a quantidade e o alcance da comunicação, mas não favorecem de igual modo a ligação entre uma mente e outra, entre um coração e outro, que deve caracterizar qualquer forma de comunicação ao serviço da solidariedade e do amor.

Assim, é pedido a todos que saibam cultivar uma constante vigilância, para não perdermos o olhar da verdade e sabedoria, diante do imediatismo e da busca desenfreada por alcance.

“Não tenhais medo”

Aos trabalhadores da comunicação, e principalmente aos crentes comprometidos neste importante âmbito da sociedade, o Papa São João Paulo II deixa um convite: "Não tenhais medo!".

É preciso que não tenhamos medo das novas tecnologias! Elas incluem-se "entre as coisas maravilhosas" "inter mirifica" que Deus pôs à nossa disposição para as descobrirmos, usarmos, fazer conhecer a verdade, também a verdade acerca do nosso destino de filhos seus, e herdeiros do seu Reino eterno.

Não tenhamos também medo da oposição do mundo, de nadarmos contra a correnteza. Jesus disse-nos: "Eu venci o mundo!" (Jo 16, 33). Ele já venceu por nós e nos promete estar conosco, todos os dias, até o fim do mundo.

Que possamos comunicar a mensagem de esperança, de graça e de amor de Cristo, mantendo sempre viva, neste mundo passageiro, a eterna perspectiva do Céu, perspectiva que nenhum meio de comunicação jamais poderá alcançar diretamente: "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu, isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1 Cor 2, 9).

Confiemos, a exemplo de São João Paulo II, nossos chamados e vocações de comunicar a Maria, que nos deu o Verbo da vida e guardou no seu coração as suas palavras que não perecem, o caminho da Igreja no mundo de hoje. A Virgem Santa nos ajude a comunicar com todos os meios a beleza e a alegria da vida em Cristo nosso Salvador.

São João Paulo II, rogai por nós, para que sejamos comunicadores segundo o coração de Deus!

 

 

 

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