A Quaresma é um tempo litúrgico muito rico da Igreja. É muito mais do que ficar 40 dias sem doce e refrigerante. O que marca de forma especial esse tempo litúrgico é a passagem de Jesus pelo deserto, onde Ele jejuou e orou durante 40 dias, além de ser tentado pelo demônio. É nesse cenário que nós vamos entender aquilo que é essencial para um comunicador católico durante a quaresma!

Quando pensamos em “deserto”, logo nos vem à mente um lugar cheio de areia, sem plantas além de cactos, com um sol escaldante e pouca água. Mas além de tudo isso, não podemos esquecer que deserto também é lugar de SILÊNCIO. Como bem disse o Papa Francisco: “O deserto é o lugar da Palavra com letra maiúscula”.

É no silêncio que Deus fala. “Se alguém quiser imitar Cristo, basta observar os seus silêncios.”  — escreveu o Cardeal Sarah. Jesus é o maior orador, ou seja, o maior comunicador de toda a histórica. Os frutos da sua pregação são os mais de 1 bilhão de fiéis da Igreja Católica. Mas, esse mesmo Jesus, Nosso Senhor, expressou a importância do silêncio através dos SEUS inúmeros silêncios que eram íntimas conversas com o Pai.

"Mas ele costumava retirar-se a lugares solitá­rios para orar". (São Lucas 5, 16)

O silêncio pode ser uma tarefa realmente difícil. O mundo moderno odeia o silêncio. Mas é só porque se tem medo de encontrar-se consigo mesmo, pois é no silêncio que somos capazes de ouvir o barulho do nosso coração.

Que durante esses 40 dias, possamos acalmar o nosso coração, fazendo como o discípulo amado fez: ouvindo o pulsar do Sagrado Coração no peito de Jesus. “Um dos discípulos, a quem Jesus amava, estava à mesa reclinado ao peito de Jesus” (São João 13, 23). Que seja um momento de deserto, onde a Palavra com P maiúsculo se sobressaia, e não a voz da nossa própria vontade.

Somente conectados na fonte (Deus), é que teremos forças para comunicar! Imitemos os silêncios de Jesus.

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